20 de junho de 2017

SERÁ MESMO QUE DEUS É AUTOR DO MAL MORAL?

De acordo com a linha de pensamento teológico, alguns vão interpretar que Deus é autor do mal moral, o pecado. Isso está muito presente no pensamento determinista/fatalista, onde se crer que Deus determina tudo, inclusive todos os atos humanos, acarretando assim em dentro desse pensamento Deus ser o autor do pecado.
Porém, será que é isso mesmo que a Bíblia aponta? 
O texto muito usado para alegar que Deus seria o autor do mal é Isaías 45: 1 ao 7, principalmente o versículo 7. Vejamos:
"Assim diz o SENHOR ao seu ungido, a Ciro, a quem tomo pela mão direita, para abater as nações diante de sua face, e descingir os lombos dos reis, para abrir diante dele as portas, e as portas não se fecharão.
Eu irei adiante de ti, e endireitarei os caminhos tortuosos; quebrarei as portas de bronze, e despedaçarei os ferrolhos de ferro.
Dar-te-ei os tesouros escondidos, e as riquezas encobertas, para que saibas que eu sou o Senhor, o Deus de Israel, que te chama pelo teu nome.
Por amor de meu servo Jacó, e de Israel, meu eleito, eu te chamei pelo teu nome, pus o teu sobrenome, ainda que não me conhecesses.
Eu sou o Senhor, e não há outro; fora de mim não há Deus; eu te cingirei, ainda que tu não me conheças;
Para que se saiba desde o nascente do sol, e desde o poente, que fora de mim não há outro; eu sou o Senhor, e não há outro.
Eu formo a luz, e crio as trevas; eu faço a paz, e crio o mal; eu, o Senhor, faço todas estas coisas. (Isaías 45:1-7)


Reparemos que para analisar um texto, precisamos analisar seu contexto imediato, que são os versículos próximos, também o contexto histórico e também analisarmos o texto de acordo com outros textos que tratem do assunto, entre outros critério de análises, mas vou focar nestes três que citei. Ao lermos o texto bíblico a cima, vemos que Deus ta usando o profeta Isaías para profetizar a libertação do povo de Judá do cativeiro babilônico, cativeiro que ainda iria acontecer, mas Deus já estava falando da libertação, profecia que se cumpriu cerca de 200 anos depois. 
A Babilônia tinha levado cativa uma boa parte do povo de Judá (parte sul do território de Israel), Isso lemos no livro do profeta Jeremias e em lamentações de Jeremias, depois de passadas algumas décadas, Deus dá condições do império medo-persa, comandado por Ciro de entrar na Babilônia, a derrotar e agora Ciro toma conhecimento da profecia e liberta o povo. Mas reparem que o texto diz que Deus deu condições de Ciro vencer a batalha, o contexto histórico trata de uma guerra, que para o exército babilônico foi uma calamidade, dentro deste contexto o mal ali fala de calamidade, tanto que na tradução NVI no versículo 7 a palavra mal é traduzida como desgraça. 
Já no contexto imediato, que é a análise dos versículos próximos do principal a ser analisado, no caso o 7, vemos que nenhum momento o  texto trata de pecado, sim de vitória e derrota em guerra. No versículo 7 há um contrante constante nos texto entre palavras como luz e trevas, paz e mal. Dentro do contraste de paz e mal, percebemos que o contrário de paz não é pecado, e dentro desse contexto os melhores antônimo a se encaixarem aí seriam guerra, conflito e crise.
Logo, fica claro que o texto em nenhum momento fala que Deus é autor do pecado e sim fala de calamidades, onde na Bíblia vemos diversas calamidades que vem como consequência, castigo pelo pecado.
Deus tem como atributo de caráter a santidade, Ele é Santo e não compactua com pecado. 

Um texto relacionado a isso é 1 João 1: 5 ao 7:
"Esta é a mensagem que dele ouvimos e transmitimos a vocês: Deus é luz; nele não há treva alguma.
Se afirmarmos que temos comunhão com ele, mas andamos nas trevas, mentimos e não praticamos a verdade.
Se, porém, andamos na luz, como ele está na luz, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado."


O apóstolo João fala de parte da mensagem mensagem do evangelho, onde na mesma ele fala da essência de Deus, que é Luz e Nele não há nenhuma trevas, se analisarmos os versículos veremos que essa palavra trevas refere-se ao pecado, Deus não tem em si prazer no pecado, nem é desejoso que o mesmo aconteça e nem que pratiquemos o pecado, pois se andarmos no pecado, não teremos comunhão com Ele, mas se andarmos na luz, nos seus caminhos, onde o Salmos 119:105 diz que a Palavra de Deus é luz para nossos caminhos, teremos comunhão com Ele, com os irmãos em Cristo e assim, Jesus nos purifica de todo pecado, isso porque o desejo de Deus é que sejamos limpos do pecado, Ele não faz o homem pecar. Deus não é autor do mal moral (pecado).

Escrito pelo pastor Luis Roldan.

13 de junho de 2017

O DECLÍNIO DA SOCIEDADE QUE NEGA AS DIRETRIZES DE DEUS

O conhecer de Deus para o homem só é possível através da graça de Deus a qual liberte o entendimento do homem para ele poder compreender sua necessidade de salvação vinda de Cristo. Porém, se render a Cristo não é algo irresistível, mas sim possível (Atos 7:51).
O homem passa a conhecer a Deus através da pregação e ensino da Palavra de Deus (Romanos 10:14), mas somente quem crer no evangelho será salvo (Marcos 16:15), isso demonstra que entre conhecer e crer há uma clara diferença.   

Mas o que quero tratar não é sobre a mecânica da salvação, e sim, a possibilidade e consequências daqueles que conhecem o evangelho e o negam. 
"Porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu.
Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos." (Romanos 1:21,22) 
Veja o texto bíblico a cima que fala claramente que algumas pessoas mesmo depois de conhecerem a Deus, não se renderam a Ele, não o adoraram e que então os seus corações se obscureceram. Não foi Deus que os privou do conhecimento Dele ou que obscureceu o coração deles, mas sim eles próprio. 
Como consequências disso, as pessoas sofrem o abandono de Deus, pois Deus oferece-lhes a salvação (Efésios 1:9), mas eles a rejeitam (Mateus 23:37), são intransigentes, não mudam de postura, então por tantas negações a graça de Deus, acabam abandonados como já estavam em seu estado, presos em suas próprias concupiscências e coisas infames e destrutivas. 
"Por isso também Deus os entregou às concupiscências de seus corações, à imundícia, para desonrarem seus corpos entre si." (Romanos 1:24) 
Isso é individualmente, mas acarreta numa sociedade doente, constantemente pecadora e até mesmo cheia de crimes.
"Além do mais, visto que desprezaram o conhecimento de Deus, ele os entregou a uma disposição mental reprovável, para praticarem o que não deviam.
Tornaram-se cheios de toda sorte de injustiça, maldade, ganância e depravação. Estão cheios de inveja, homicídio, rivalidades, engano e malícia. São bisbilhoteiros,
caluniadores, inimigos de Deus, insolentes, arrogantes e presunçosos; inventam maneiras de praticar o mal; desobedecem a seus pais;
são insensatos, desleais, sem amor pela família, implacáveis.
Embora conheçam o justo decreto de Deus, de que as pessoas que praticam tais coisas merecem a morte, não somente continuam a praticá-las, mas também aprovam aqueles que as praticam." (Romanos 1:28-32)
No versículo 28, citado a cima vemos que o mesmo fala sobre pessoas que desprezaram o conhecimento de Deus, e só despreza-se algo do que lhe foi apresentado, então Deus os deixa na sua condição inicial, sem transforma-los, sem regenerá-los, praticando assim aquilos para o que são inclinados a fazerem, que são ações listadas nos versículos a cima. 
O coas nas vidas das pessoas são apenas consequências de suas próprias escolhas, pois se tivessem se rendido a graça de Deus e O seguido, suas vidas e sociedade estariam diferentes. 
Mas ainda há tempo, arrependei-vos e busquem a Deus, seja fiel a Ele e seus mandamentos. 
"Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto." (Isaías 55:6) 

Escrito pelo pastor Luis Roldan.